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VACA LOUCA: Risco de embargo da carne bovina existe, mas foi amenizado pelo Mapa, diz Geller


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Diante da constatação de um caso de vaca louca em Mato Grosso, existe o risco de embargo da carne bovina por parte de países que compram o produto do Estado. Mas na avaliação do deputado Neri Geller (PP), que coordena a comissão de Meio Ambiente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), esse risco foi amenizado com a atuação rápida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), que tomaram as medidas necessárias para conter os potenciais riscos de contaminação de rebanho.

Na avaliação do deputado, o fato de a doença ter sido constatada de forma rápida e ficar comprovada que se trata de um caso atípico, foi positivo para sinalizar ao mercado consumidor da carne bovina mato-grossense e brasileira, que a fiscalização e defesa sanitária possuem eficiência.

“O caso de vaca louca que foi constatado em Mato Grosso se deu em um animal velho, que desenvolveu a doença em razão da idade, que já foi sacrificado e cremado. O Ministério da Agricultura suspendeu a exportação para a China seguindo um protocolo celebrado entre os dois países, e ontem (3) já comunicou a embaixada chinesa de todos os procedimentos adotados para conter o caso atípico constatado”, explica Geller.

O deputado lembra que na última década já foram constatados dois casos atípicos de vaca louca no país, o primeiro em 2010, foi no Paraná, e à época, em razão da demora em constatar que se tratava de um caso isolado, oito países embargaram o consumo de carne bovina no país.

O segundo caso foi em Mato Grosso, em 2014, mas a identificação foi mais rápida, e além do país não ter sofrido nenhum embargo, ainda conseguiu recuperar as relações comerciais com países que tinham embargado a carne bovina brasileira.

Mercado internacional

Uma das preocupações que rondou o mercado em relação ao mercado da carne foi a possibilidade de embargo, principalmente, por parte dos países árabes. Esta é a segunda vez que este temor ronda o mercado da carne mato-grossense. No começo do ano, diante da instabilidade das relações diplomáticas do Governo Bolsonaro, os países árabes estiveram a um passo de suspender as compras de produtos brasileiros, não só carne bovina.

Isso porque, o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, passou a defender que as relações internacionais do país deveriam ser pautadas por princípios bíblicos, além de uma maior aproximação com os Estados Unidos, fatores que confrontam diretamente com a postura dos países árabes.

Geller relata que a FPA se posicionou rapidamente diante da tendência do Governo em seguir por uma via diplomática prejudicial à economia do país, e demonstrou que, apesar de ser importante o país ter relações comerciais com os Estados Unidos, é indispensável o comércio para a China e os países Árabes, principalmente, porque os EUA concorre com o Brasil em diversos aspectos comerciais.

“O posicionamento do Governo Bolsonaro mudou e depois disso, duas comitivas já foram para a China, em missões internacionais, uma liderada pelo vice-presidente Hamilton Mourão, e outra pela ministra do Mapa, Tereza Christina. O presidente Bolsonaro está muito empenhando em se aproximar dos parceiros comerciais com potencial de consumo muito grande”, relata Geller. Em relação aos países Árabes, a FPA organizou um jantar no começo de abril, que serviu para “quebrar o gelo” entre os países e o Brasil, e com isso, as relações diplomáticas voltaram à normalidade.

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